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No verão, a hidratação é essencial |
Você sabia que cerca de 75% do corpo humano é composto por água?
Para muitos,
a chegada do verão é motivo de pura felicidade. No entanto, o calor
característico dessa estação aumenta muito os riscos de desidratação,
principalmente pela elevação da temperatura corporal, fato que provoca sudorese
e, portanto, maior perda de líquidos. Com esse problema, surge a possibilidade
de o corpo acumular determinadas substâncias formadoras de cristais – como
cálcio, oxalato e ácido úrico – na urina, que fica muito concentrada, o que
facilita a formação das conhecidas pedras nos rins.
Conhecer
mais esse assunto é uma forma de não subestimá-lo e de compreender a
importância da hidratação adequada. Acompanhe a entrevista e as dicas
apresentadas por Pedro Mendes (CRM-DF
15.003), nefrologista
do Hospital Brasília.
Saiba mais: cálculos renais
· O que são?
Quando ingerimos
quantidades adequadas de água, estamos permitindo que os rins filtrem
facilmente as substâncias que sobram das reações químicas que ocorrem no nosso
corpo. “Uma quantidade insuficiente de líquidos leva a urina a reter os minerais
encontrados no seu interior, que podem se acumular e formar cristalizações,
denominadas cálculos renais", explica o nefrologista do
Hospital Brasília, Pedro Mendes (CRM-DF
15.003) . Essa massa sólida pode variar em tamanho: desde pequenos
cristais, que só podem ser vistos com um microscópio, até pedras com mais de
2,5 cm de largura. Apesar de, muitas vezes, serem minúsculas e “navegarem"
pelo trato urinário sem que o paciente perceba, podem aumentar de tamanho a
ponto de ficarem presas nos canais das vias urinárias, causando dores intensas.
· Sinais
característicos
Os principais sintomas das pedras
nos rins são:
- dor forte e aguda
nas laterais e nas costas, abaixo das costelas;
- dor que se irradia
para a parte inferior do abdome e da virilha;
- dor ou sensação de
queimação ao urinar;
- urina turva, com
coloração anormal e odor fétido;
- febre com
calafrios, se houver infecção;
- náusea com ou sem
vômito.
· Tratamento
Diante desses
sintomas, é essencial ir imediatamente ao pronto-socorro mais próximo. O tratamento para pedra nos rins varia muito, dependendo
do tamanho e da causa. Um paciente pode conseguir deslocar um pequeno cálculo
através da ingestão de muita água ou com o auxílio de determinados medicamentos
que relaxam os músculos do ureter, ajudando a eliminar o cálculo renal mais rapidamente e com maior
facilidade. Existem ainda medicações voltadas para aliviar a
dor causada pela pedra nos rins.
“Vale lembrar que,
quando o paciente tem pedras de dimensões maiores, pode ser necessária uma
intervenção cirúrgica para resolver o quadro", continua o especialista. Em
geral, os tratamentos cirúrgicos incluem a cirurgia endoscópica a laser, a
cirurgia por nefrolitotomia percutânea, a cirurgia por litotripsia
extracorpórea ou a ureteroscopia. Da parte do paciente, duas orientações são
essenciais: a primeira é buscar um tratamento rápido na fase aguda para retirar
a pedra, pois normalmente esses quadros vêm acompanhados de forte infecção
urinária, que pode evoluir para infecção generalizada; a segunda diz respeito
às providências posteriores a essa fase.
“É necessário que,
sanado o momento de dor aguda e tratada a infecção, o paciente investigue e
trate de maneira detalhada a causa da formação dessas pedras. Ela pode ser de
origem hormonal, ser derivada de doenças no sangue ou diretamente do rim",
completa Mendes.
Além disso,
algumas pessoas apresentam maior tendência à formação de
pedras nos rins do que outras. Então, se o quadro começa a se
repetir com frequência, a condição pode ser descoberta por meio de testes
simples de urina. Se o fato for constatado, um médico especialista pode
fornecer recomendações dietéticas específicas, visando evitar a ocorrência de
complicações.
Saiba mais: desidratação
· O que é?
Todos os dias temos
nossos líquidos corporais diminuídos naturalmente, pela transpiração,
respiração ou urina. O perigo ocorre quando há um desequilíbrio entre a
quantidade de líquido que o corpo perde e recebe, de forma que o pleno funcionamento
do organismo é afetado, podendo resultar na desidratação do indivíduo se não
houver uma reposição adequada de água e sais minerais. Apesar de parecer um
quadro relativamente brando, a desidratação severa pode matar.
· Sinais
característicos
Os principais sintomas de desidratação são:
- fadiga;
- sede;
- lábios e língua
secos;
- falta de energia ou
exaustão;
- sensação de
superaquecimento;
- pressão arterial
baixa;
- câimbras dolorosas
nos músculos abdominais, nos braços e nas pernas;
- constipação;
- batimentos
cardíacos acelerados.
· Tratamento
Saber como tratar a desidratação é um cuidado de suma
importância, principalmente durante o verão. Nesses casos, é preciso realizar
uma reposição do nível de fluidos no corpo, o que pode ser feito consumindo
água, bebidas isotônicas (como Gatorade) ou mesmo picolés. Não é recomendado
optar por bebidas que contêm cafeína, como café e refrigerantes, tampouco chás,
que podem ter efeito diurético. Em casos mais graves, os médicos recomendam a
aplicação de fluidos intravenosos.
A prevenção de ambos os quadros é a
mesma!
Você pode realizar a prevenção dos cálculos renais e da desidratação de uma maneira bem simples: bebendo bastante líquido! Alguns especialistas recomendam beber de seis a oito copos de água por dia, e você pode complementar esse hábito com o consumo de alimentos ou bebidas leves e ricos em água, como leite, água de coco, iogurte, aipo, melancia, morango, pêssego, abacaxi, pepino, kiwi, pimentão, tomate, alface, repolho e espinafre.
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