No dia 7 de abril, a Sociedade
de Pediatria de São Paulo (SPSP) lançou a Campanha
“Abril
Azul – Confiança nas Vacinas: Eu cuido, eu confio, eu vacino”, uma iniciativa que tem por
objetivo levar informações sobre a importância da vacinação, aumentando assim a
confiança e valorização das vacinas, bem como mostrar os riscos da recusa
vacinal. Outro objetivo da Campanha, de acordo com Claudio Barsanti, presidente
da SPSP, é o de
apoiar, por meio de educação, informação e conscientização, ações que promovam
o alcance das imunizações à população. Para ele, o cenário é preocupante
visto que essa recusa vacinal pode fazer emergir doenças já controladas ou
erradicadas, como sarampo, rubéola, difteria, entre outras.
Além de impactar nas condições de saúde das
populações, vale lembrar que as vacinas têm grande relevância quanto ao aspecto
econômico, sendo determinantes na redução de custos com consultas, tratamentos
e internações. “Todos
sabemos dos benefícios da vacinação, o CDC (Centro de
Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos) coloca o programa de imunizações
como uma das dez melhorias da saúde pública, no entanto estamos enfrentando
esse problema da recusa vacinal em proporções significativas. Parece que muitas
pessoas se esqueceram dos benefícios da vacinação e da erradicação das inúmeras
doenças que essas vacinas promovem”, enfatiza Silvia
Regina Marques, presidente
do Departamento de Infectologia Pediátrica da SPSP.
Marco Aurélio Palazzi Sáfadi, presidente do Departamento de Imunizações da SPSP e presidente
do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, salienta
que o calendário do Programa Nacional de Imunizações é o que está preconizado
pelo Ministério da Saúde (MS), com várias novidades recentes, sendo um programa
comparável aos principais programas de imunizações dos países desenvolvidos da
Europa e dos EUA. “Entendo que hoje o
nosso programa contempla um maior número de vacinas, similar aos de muitos
países desenvolvidos, e ele é considerado, portanto, um programa de ponta no
que diz respeito à implementação de vacinas”, ressalta Sáfadi.
Sobre a questão da
recusa vacinal, Regina Célia Succi, membro do Departamento de
Infectologia Pediátrica da SPSP, lembra que este é um problema mundial, que vem
aumentando significativamente desde 2010. Ela comenta que uma pesquisa
realizada em 2016 apontou como motivos principais para a recusa vacinal o medo
de eventos adversos, seguido de falta de credibilidade nas vacinas, não
percepção dos riscos das doenças preveníveis por vacinas e a influência da
mídia antivacinista. “Sendo assim, os pediatras têm um papel importante nessa
questão do combate à recusa vacinal. É fundamental corrigir conceitos errôneos
e fazer com que a população entenda que a vacina que tem o maior risco é aquela
que não é aplicada”, conclui Regina.
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