Cartilagem, osso, tendão,
ligamento e músculos - estas são
algumas das estruturas da articulação
que podem
sofrer um doloroso desgaste, inflamar e evoluir para a
osteoartrite.
Dores crônicas no joelho, tornozelo, quadril
e dedão do pé caracterizam a enfermidade.
De
todas as doenças reumáticas, esta é a mais comum. E,
ao contrário do que se
imagina, jovens também fazem
parte da estatística. Por isso, é importante
identificar
os principais causadores desta patologia por meio de
exames específicos.
O fisioterapeuta da Pés Sem Dor, Francis Trombini, destaca
que recentes estudos
têm demonstrado que a diferença de
membros inferiores (uma perna mais curta que
a outra) está
associada com a prevalência e incidência de osteoartrite de
joelho. "Este é um
fator de risco que pode ser
potencialmente modificado por meio do uso de
palmilhas ortopédicas personalizadas que ajudam a evitar a
instalação e o desenvolvimento da doença. Além disso,
pessoas com joelhos varos (em forma de
arco) ou valgo
(em forma de X) ou com pronação excessiva dos pés
(pés chatos) têm grande chance para desenvolvimento
dessa doença. O uso de calçados inadequados
também
pode modificar a mecânica da pisada, aumentando assim
a sobrecarga dentro da articulação do joelho", alerta
Trombini.
Os sinais se desenvolvem lentamente e tendem a piorar com
a evolução da doença.
Os principais são: dor articular (durante
ou após movimento constante),
dificuldade de movimentar a
articulação após períodos de inatividade,
crepitação (sensação
de algo rangendo ou sendo triturado), inchaço e
deformidades
da articulação. O especialista destaca que os sintomas podem
variar com bastante frequência, mesmo sem uma causa
aparente. "Nos casos mais graves, a dor pode até mesmo
não passar, dificultar a realização das
atividades cotidianas
e influenciar na qualidade do sono", salienta.
O tratamento é baseado nos graus de dor e se há perda de
funcionalidade para a
realização das tarefas. "Entre
as formas
de intervenções de baixo custo recomenda-se: fisioterapia;
estabilizadores de joelho, calçados adequados e palmilhas
ortopédicas
especialmente desenvolvidas para diminuir a
sobrecarga dentro da articulação
durante as atividades",
diz o fisioterapeuta.
Prevenir ainda é o melhor caminho. "A
osteoartrite não faz
parte do processo de envelhecimento. Controlar o peso
corporal, realizar atividades físicas regulares (de
preferência de baixo
impacto), evitar traumas, estresse
repetitivo das articulações e o uso de
palmilhas
ortopédicas especiais são atitudes que diminuem os fatores
de risco que contribuem para o surgimento e progressão
do problema",
finaliza.
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