Mulheres grávidas
não devem consumir álcool. E os motivos para tal recomendação é que, em apenas
dez minutos, a bebida pode atuar sobre o bebê, já que, possui livre passagem
pela placenta. Além disso, durante a gravidez, o fígado do bebê, que está em
formação, metaboliza duas vezes mais lentamente o álcool ingerido pela mãe,
comprometendo, assim, seu desenvolvimento saudável. Segundo dados da Organização
Mundial de Saúde (OMS), a cada ano, 12 mil bebês no mundo nascem com a Síndrome
do Alcoolismo Fetal (SAF).
A ginecologista
especialista em Reprodução Humana da Criogênesis, Dra. Paula Bortolai, explica
que a SAF traz consequências irreversíveis. “O problema pode comprometer o
crescimento intrauterino, ocasionar distúrbios do comportamento, má formação na
face e membros inferiores, má formação cardíaca e, ainda, aumento da taxa de
mortalidade”. A médica alerta também que, em alguns casos, os sintomas como
defeitos físicos não são aparentes no nascimento, porém, o bebê pode apresentar
sequelas perceptíveis, como alteração de peso, ou ter implicações durante a
infância.
Além de trazer
sérias consequências à saúde do bebê, o álcool não deve ser consumido pela
mulher durante o tempo de amamentação. “Nas crianças, a substância afeta o
sistema imunológico, a fome e o sono, interfere na capacidade de sucção e ainda
diminui o aporte de vitamina A, uma das responsáveis por defender o organismo
contra infecções. O mais
indicado é que a mãe corte de vez qualquer dosagem alcoólica nessa fase”,
orienta a médica.
INFERTILIDADE
–
O consumo excessivo de álcool deve ser evitado pelo casal que deseja engravidar,
já que, a bebida pode comprometer a fertilidade feminina e, nos homens, afetar a
qualidade do esperma e reduzir os níveis de testosterona. “O álcool, por si só,
já é um grande inimigo da saúde. Nas mulheres, por exemplo, pode causar falha da
menstruação e da ovulação, diminuição da libido e a infertilidade”, esclarece a
especialista.
Nos casos em que o
casal enfrenta problemas de fecundidade e decide optar pelos tratamentos de
reprodução assistida, a Dra. Paula alerta, primeiramente, para mudanças no
estilo de vida. “Nesses casos, o primeiro passo é adotar hábitos saudáveis e
evitar a ingestão de bebidas alcoólicas e demais substâncias que, de alguma
forma, trazem efeitos negativos à saúde. Vale lembrar que, a gravidez é o desejo
de muitos casais. Sendo assim, qualquer esforço para a realização desse sonho
vale à pena”, finaliza a médica.
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